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EDUARDO JAIME BATA

REFERÊNCIA: Bata, Eduardo Jaime. A vulnerabilidade socioambiental nas áreas de exploração das pedras preciosas e semipreciosas nas Aldeias de Nanhupo e Nséue, em Namanhumbir, Distrito de Montepuez (Moçambique), no período de 2004 - 2011.Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Goiás, Regional Jataí, 2014.
AUTOR: EDUARDO JAIME BATA
TÍTULO: A VULNERABILIDADE SOCIOAMBIENTAL NAS ÁREAS DE EXPLORAÇÃO DAS PEDRAS PRECIOSAS E SEMIPRECIOSAS NAS ALDEIAS DE NANHUPO E NSÉUE, EM NAMANHUMBIR, DISTRITO DE MONTEPUEZ (MOÇAMBIQUE), NO PERÍODO DE 2004 – 2011
ORIENTADOR: Profª. Drª. Zilda de Fátima Mariano.
ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: Organização do espaço nos domínios do Cerrado brasileiro.
LINHA DE PESQUISA: Análise Ambiental
DATA DE APROVAÇÃO: 10/03/2014

 

Resumo:

A análise da vulnerabilidade socioambiental permite compreender as relações, as tramas e as transformações socioambientais ocorridas no meio físico, midiatizadas pelas atividades humanas, bem como a adoção de estratégias que auxiliam na tomada de decisões sobre questões relacionadas com a degradação socioambiental. Esta pesquisa analisou a vulnerabilidade socioambiental nas áreas de exploração do rubi e turmalinas, nas Aldeias de Nanhupo e Nséue, Distrito de Montepuez, entre 2004 a 2011. Esta análise foi baseada na metodologia de Figueirêdo et al (2009 e 2010), e consistiu nas seguintes etapas: a) escolha do sistema e das questões socioambientais, b) identificação dos indicadores avaliados e c) definição dos critérios (exposição, sensibilidade e capacidade de resposta). Foi também efetuada a pesquisa de campo e aplicação de questionários em98 sujeitos de pesquisa e realização de 5 entrevistas com diversas entidades do Governo distrital e provincial. O IFVSA de Namanhumbir foi de 3,86, considerado muito alta vulnerabilidade, e a exposição (1,15) e capacidade de resposta (11,29), são os critérios que determinaram esse valor. Em relação aos indicadores, o número de escolas (3,44), abastecimento de água nas casas residenciais (2,00) e destruição da vegetação, no critério de exposição, e número de habitantes por médico, valor da cesta básica e número de fontenários em funcionamento, na capacidade de resposta tiveram maior valor de vulnerabilidade. A exploração das pedras preciosas é realizada majoritariamente por jovens (18 a 35 anos) e grande parte destes trabalham para os estrangeiros (guineenses, nigerianos, tanzanianos), responsáveis pelo fomento do garimpo. O início desta atividade introduziu profundas transformações sócioespaciais, ambientais, bem como nas relações entre a população humana de Namanhumbir e as autoridades administrativas do Distrito. Por outro lado, o início do garimpo cogitou o aumento da cesta básica, dificultando o seu acesso pela população humana mais carente e afetando negativamente a população humana de menor poder de compra, na sua maioria dependente da agricultura. Entretanto, apesar dos impactos negativos desta atividade sobre o ambiente, o início da exploração das pedras preciosas e semipreciosas permitiu a melhoria do poder aquisitivo das pessoas diretamente envolvidas no garimpo, criou oportunidades de negócio para os moradores e fomentou a geração de postos de trabalho. Esta pesquisa permitiu compreender os ônus (degradação socioambiental) e os bônus (aumento da renda e melhoria das condições de vida dos garimpeiros) desta atividade, visando contribuir para a monitoria dos sítios mineiros e na redução dos perigos à saúde dos garimpeiros, dos moradores e dos danos ambientais.

 

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