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ADAN CARLOS DA MOTA

AUTOR:  ADAN CARLOS DA MOTA
TÍTULO: ATIVIDADES PRODUTIVAS E O BIODIESEL NO ASSENTAMENTO TRÊS PONTES, PEROLÂNDIA (GO): UM ESTUDO DOS IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS NA PERSPECTIVA DA COMUNIDADE ASSENTADA
ORIENTADOR: Prof.ª Dra. Raquel Maria de Oliveira.
ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: Análise Ambiental
LINHA DE PESQUISA: 
DATA DE APROVAÇÃO: 22/07/2015

 

Resumo:

O estudo da questão agrária brasileira possibilita inúmeras discussões, principalmente pela alta concentração de terras que há em um país com dimensões continentais como o Brasil. Assim, a partir de 2004, com a criação do Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel -PNPB- abre-se um novo leque de discussões, tendo em vista que a matéria prima para o biodiesel em diversas regiões brasileiras, como o Centro-Oeste, tem sido a soja, com isso, áreas antes destinadas à produção de pluriculturas estão produzindo monocultura. No Sudoeste Goiano, importante região produtora de grãos, os assentamentos estão sendo invadidos pela soja. O presente estudo objetiva traçar um histórico e analisar as influências da introdução e evolução da produção agrícola destinada ao biodiesel, no assentamento Três Pontes, em Perolândia (GO), destacando os reflexos ambientais e socioeconômicos segundo a percepção dos agricultores assentados. Com a utilização de técnicas do Diagnóstico Rural Participativo - DRP-, entrevista semiestruturada, visou-se à obtenção direta de informação primária, aspectos quantitativos, traduzindo em números as opiniões e informações analisadas; e qualitativos traduzidos por aquilo que não pode ser mensurável, observando a realidade e o sujeito como elementos indissociáveis. Os resultados da pesquisa apontam para uma descaracterização desse ator local, pois houve abandono da pluricultura em detrimento do plantio de soja, os pequenos produtores que aderiram ao PNPB deixaram de produzir alimentos. Sob o argumento de que o PNPB objetiva a inclusão social e o desenvolvimento regional via geração de emprego e renda, o Governo Federal incentivou a criação de laços entre empresas do agronegócio, que se beneficiam com incentivos fiscais do próprio Governo e os agricultores familiares, descaracterizando e transformando esse segmento, que é essencial, não só para a segurança, mas também para a soberania alimentar nacional.

 

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