PPGGEO

THIAGO ROCHA

AUTOR: THIAGO ROCHA

TÍTULO: VARIABILIDADE CLIMÁTICA NA BACIA HIDROGRÁFICA DO MÉDIO CAIAPÓ, OESTE GOIANO – GOIÁS /BRASIL

ORIENTADOR: Profaª Dra. Zilda de Fátima Mariano (in memoriam).

DATA DE DEFESA: 27/08/2018

 

RESUMO:

Com base na gênese e na dinâmica atmosférica, podem ser evidenciadas diversas relações de causa e efeito no conjunto formado pela atmosfera e a superfície. Apesar de o clima ser regido pela ação da radiação solar e pelos fatores naturais de superfície, a ação do homem, através das formas de uso e ocupação das terras no espaço, vem provocando alterações climáticas, principalmente em escalas locais. O estudo foi realizado na bacia hidrográfica do Médio Caiapó, Oeste Goiano, entre as coordenadas geográficas de 16° 22′ 40″ e 16° 25′ 21″ latitude Sul e 51° 20′ 58″ e 51° 04′ 28″ longitude Oeste. O objetivo desta pesquisa é analisar a variabilidade climática da precipitação pluvial relacionando-a com os sistemas atmosféricos na escala regional e com temperatura do ar (ºC) e a precipitação pluvial (mm) na escala local, citada por Ribeiro (1993), relacionando com os elementos físico-geográficos (geomorfologia, hipsometria, declividade, exposição da vertente e uso da terra). Os dados das precipitações pluviais regionais foram adquiridos junto aos postos pluviométricos da Agência Nacional das Águas – ANA na série histórica de 1974 – 2016 (42 anos). Para a obtenção dos dados locais foram instalados 7 termohigrômetros (para o registro da temperatura do ar (ºC)) e pluviográfos (para coleta de dados de precipitação pluvial (mm)). Os dados foram tabulados em planilhas do Excel. Os resultados da precipitação regional foram: na espacialização da média pluvial notou-se um acúmulo de precipitação nas porções Norte e Oeste da área de estudo, e que ocorreu uma diminuição das precipitações nas porções Sul e Leste da bacia; a variabilidade das precipitações pluviais dos 4 postos pluviométricos, na escala regional, constatou-se que em Piranhas-GO obteve a média de 1.661,5 mm (42,86%) registraram acima de média e (54,14%) abaixo; os postos de Córrego do Ouro (1.539,3 mm) e Montividiu-GO (1.457,8 mm) obteve os mesmos resultados de 47,61% acima da média e 52,39% abaixo da média; a tendência das precipitações ao longo dos 4 postos, houve uma correlação insignificativa pois o valor de R² foi menor que 1; aos anos-padrão, 1980 foi classificado como “chuvoso” com precipitações acima de 2.000,0 mm, no ano de 1990 foi classificado como “seco” para todos os postos (875,9 a 1.013,6 mm). Essa variabilidade da precipitação está relacionada com os sistemas atmosféricos regionais; e sobre as condições atmosféricas regionais e a variabilidade da temperatura do ar (ºC) máxima e mínima absoluta diária e precipitação pluvial (mm) na escala local constatou-se, que as temperaturas máximas registraram seus maiores valores nos meses de setembro, outubro e novembro sob a atuação das massas do Atlântico Sul e Tropical Continental, ocasionando altas temperaturas, no P1 foram registrados 49,2 ºC e, no P7, 46,1 ºC em setembro/2017. As temperaturas mínimas foram registradas nos meses de junho, julho e agosto/2017, sob a influência das entradas das frentes frias, em que ocorreu a diminuição da temperatura, sendo o menor valor registrado no P7 – 7,0 ºC no mês de julho/2017. A precipitação pluvial é heterogênea, o ponto de coleta P5 registrou a maior precipitação mensal no mês de novembro/2016, com 411,6 mm, mês em que está associada ao deslocamento para o sul da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS). O Menor do volume total mensal de precipitação na área de estudo foi de 5,3 mm para o mês de julho/2017, neste período as massas são caracterizadas como seca e frio. Quanto à espacialização das temperaturas máximas e mínimas absolutas, observou-se uma inter-relação dos elementos físico-geográficos; o P1 registrou as maiores temperaturas (47,3 ºC; 48,0 ºC; 49,2 ºC) localizadas no extremo leste da bacia e associadas ao uso da terra, hipsometria, geomorfologia, declividade e exposição da vertente respondem aos resultados. O P5 localizado no extremo norte da bacia apresentou a temperatura máxima absoluta mensal de (43,6 ºC, 44,5 ºC e 45,8 ºC) associadas ao fator topoclimático, sendo este o ponto mais alto da bacia (834 m). As temperaturas mínimas absolutas concentraram-se no centro da bacia, no P3 e P7, que são pontos mais baixos, localizados em fundo de vale, com uso da terra para pastagem; nesses pontos foram registrados P3 – 8,4 ºC e no P7 – 7,0 ºC no mês de julho/2017.

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