Alexandrina Baía Cruvinel
Resumo:
Os resíduos gerados pelos estabelecimentos que realizam atividades relacionadas à saúde são considerados perigosos por apresentarem componentes químicos, físicos e biológicos potencialmente agressivos. Tais componentes oferecem risco de contaminação ao ambiente e às pessoas que entram em contato com eles. Torna-se necessário conhecer bem estes resíduos, procedendo ao seu descarte adequado, com o correto gerenciamento e gestão por parte dos estabelecimentos geradores. As cidades, por concentrarem pessoas, serviços e equipamentos, sendo o lócus privilegiado da vida social, apresentam também problemas ligados à vida coletiva num processo de implosão-explosão. A concentração de pessoas, atividades e instrumentos necessários à vida urbana podem gerar uma explosão de fragmentos prejudiciais à sociedade. O gerenciamento incorreto dos resíduos de saúde pode constituir-se em fragmentos que atingem a vida urbana, sobretudo no que concerne à saúde pública, prejudicando a cidade como um conjunto socioespacial complexo. Diante do exposto, este trabalho analisou a geração dos resíduos de serviços de saúde, na cidade de Rio Verde, baseando-se na caracterização dos procedimentos, em relação ao seu correto tratamento e destinação final. Para tanto, foram levantados dados, referentes à temática em questão, nos órgãos municipais, estaduais e federais, como ANVISA, Prefeitura Municipal, Secretaria Municipal de Saúde, Secretaria Municipal de Meio Ambiente. O tratamento dos resíduos de serviços de saúde ainda não é realizado de forma satisfatória, sobretudo ao que concerne à sua segregação e acondicionamento. Diretrizes como a avaliação dos impactos ambientais para a instalação de técnicas de tratamento dos resíduos, processos de educação continuada que esclareçam os gestores e geradores para a responsabilidade de elaboração e execução do plano de gerenciamento dos resíduos de serviços de saúde, e uma fiscalização mais efetiva por parte dos órgãos reguladores se faz ainda necessária.