FRANK LUIZ ROSA CHAGAS
Resumo:
O presente trabalho analisa a cidade de Iporá, situada na Região Oeste do Estado de Goiás. Sua origem ocorre no Arraial de Pilões em 1833, recebendo o nome de Iporá em 1948 com a transferência do povoado para as margens do Córrego Tamanduá. Buscou-se caracterizar este espaço urbano, verificando os elementos que contribuíram, e que ainda contribuem, para sua atual organização socioespacial. Neste sentido, autores como Santos (1996), Corrêa (2000), Borges (2001) e Gomis (1998), que discutem o processo de urbanização em diferentes escalas, e o levantamento de dados demográficos, econômicos e sociais contribuíram de forma consistente para a compreensão do objeto de estudo. A construção do tecido urbano iniciou-se de forma planejada, através do projeto urbanístico do núcleo central, implementado em uma área relativamente plana, caracterizando a cidade com quadras e ruas largas, favorecendo a edificação residencial, comercial e a mobilidade. A população urbana em apenas três décadas (1970, 1980, 1990) saltou de 9.766 habitantes para 25.540 habitantes, neste período o município recebeu muitos investimentos estaduais e federais, como a pavimentação da GO-060, que liga Iporá a Goiânia, o abastecimento dos imóveis com a energia elétrica produzida pela Usina de Cachoeira Dourada, a construção casas populares, dentre outros. Estes benefícios e o rápido crescimento demográfico desencadearam o surgimento de novos loteamentos, além daqueles previamente planejados. Como resultado o que se observa é a disparidade na distribuição de serviços públicos e de infraestrutura nos bairros periféricos, sendo concentrada, prioritariamente, na área central da cidade. Ao final da pesquisa registra-se que atualmente a cidade apresenta áreas segregadas que refletem a falta de continuidade do planejamento urbano inicial.