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PATRÍCIA TINOCO SANTOS

AUTOR: PATRÍCIA TINOCO SANTOS

TÍTULO: PLANEJAMENTO AMBIENTAL DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO: ESTUDO DE CASO NA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO CLARO, GOIÁS.

ORIENTADOR:  Prof. Dr. Alécio Perini Martins

LINHA DE PESQUISA: Organização e gestão do espaço rural e urbano do Cerrado brasileiro.

DATA DE DEFESA: 06/04/2018

 

RESUMO:

A Bacia Hidrográfica do Rio Claro (BHRC) apresenta grande importância para a mesorregião Sul Goiano considerando que por meio da distribuição e correlação espacial dos elementos que formam o sistema da referida bacia dependem a economia, a sobrevivência e o bem-estar da população atual e das gerações futuras. Buscou-se detectar áreas potenciais para conservação na região da bacia por meio de Unidades de Conservação (UCs), a partir de geotecnologias e considerando a análise geossistêmica da região. Foi realizada uma análise a partir dos aspectos de paisagem e análise espacial pela representação do uso da terra e cobertura vegetal entre os anos de 1985 e 2016 o qual se detectou a tendência de supressão da pastagem e vegetação natural em detrimento da ampliação das áreas de lavoura, o que pode provocar processos de degradação dos recursos hídricos, contaminação do solo, do lençol freático e consequentemente de seus afluentes. Tais processos são ocasionados pelas ações antrópicas, que geram conflitos de interesse quanto à utilização dos recursos hídricos na região, e devem ser constantemente acompanhadas devido alterarem o bioma e, por consequência, interferirem no geossistema da bacia. O estudo da vulnerabilidade ambiental na área da BHRC possibilitou o embasamento técnico necessário para o alerta aos órgãos governamentais e a comunidade quanto à necessidade e a possibilidade de implantação de UCs e corredores ecológicos para preservação e conservação do bioma Cerrado. O uso da terra para fins agropecuários (78,2%), bem como sua caracterização quanto a geologia, geomorfologia, solos e clima, demonstra o grande potencial da região para tais atividades, entretanto, tal uso vem gerando degradação da área devido a práticas inadequadas de manejo. Os solos na área da BHRC possuem alta estabilidade, e o clima tropical, o qual apresenta elevada temperatura durante todo o ano e baixa amplitude térmica, garante médias elevadas de precipitação. A precipitação garante o abastecimento dos canais fluviais, entretanto, também favorecem erosões em áreas descobertas por vegetação. A BHRC foi caracterizada como sendo de estabilidade intermediária, tendenciada a vulnerável (44,1%). Foram detectadas em campo vulnerabilidades maiores do que aquelas apresentadas nos resultados dos mapas, em função da baixa vulnerabilidade obtida em alguns temas como o clima e geomorfologia. As áreas mais vulneráveis encontram-se próximas as principais nascentes da bacia, e indicam a necessidade de intensificação de ações de conservação nessas áreas e a efetivação de políticas específicas para controle e monitoramento ambiental. Por fim, realizou-se a delimitação de quatro áreas potenciais para implantações de UCs na BHRC, as quais se enquadram nas categorias de uso sustentável.

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