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DERICK MARTINS BORGES DE MOURA

REFERÊNCIA: Martins Borges de Moura, Derick. Avaliação ambiental e fisiográfica da bacia hidrográfica do  ribeirão Santo Antônio, com vistas ao abastecimento hídrico da cidade de Iporá(GO). [manuscrito]/ Derick Martins Borges de Morura. - 2017. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Goiás, Unidade Acadêmica Especial de Estudos Geográficos, Programa de Pós Graduação em Geografia, Jataí, 2017.
AUTOR: DERICK MARTINS BORGES DE MOURA
TÍTULO: AVALIAÇÃO AMBIENTAL E FISIOGRÁFICA DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIBEIRÃO SANTO ANTÔNIO, COM VISTAS AO ABASTECIMENTO HÍDRICO DA CIDADE DE IPORÁ (GO).
ORIENTADOR: Prof.ª Dra. Raquel Maria de Oliveira.
ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: Organização do espaço nos domínios do Cerrado Brasileiro.
LINHA DE PESQUISA: Análise Ambiental do Cerrado Brasileiro.
DATA DE APROVAÇÃO: 24/02/2017

 

Resumo:

A avaliação ambiental e fisiográfica de bacias hidrográficas é de grande relevância para o planejamento e gestão dos recursos hídricos. Considerando esta premissa, este estudo teve como escopo a bacia hidrográfica do ribeirão Santo Antônio, que é a única fornecedora de água para abastecimento da cidade de Iporá (GO), demonstrando a importância de se compreender a dinâmica dos recursos hídricos na referida bacia. O estudo objetivou demonstrar como as características físicas, especificamente relacionadas aos elementos do clima e aos fatores de uso da terra e cobertura vegetal, influenciam a disponibilidade dos recursos hídricos da bacia. Para isso foram feitas a caracterização fisiográfica e morfométrica, a avaliação da pluviosidade média e no período da pesquisa (2015 e 2016), o monitoramento da vazão do ribeirão Santo Antônio nos anos de 2015 e 2016 e a análise do sistema de captação e abastecimento de água da SANEAGO. No trabalho de caracterização fisiográfica foram utilizados métodos de descrição e mapeamento com o apoio do arcabouço teórico, para entender melhor os aspectos físicos da bacia. Também foram realizadas incursões em campo, visando a validação das informações cartográficas, bem como o levantamento de informações que não foram visualizadas em mapas. A análise dos dados demonstra que na bacia existem cinco unidades litológicas diferentes, cinco tipos de solos e uso da terra predominante por pastagens. A diversidade geológica presente na bacia contribuiu na formação de um relevo movimentado com amplitude altimétrica elevada, por se tratar de rochas com diferentes idades e diferentes resistências ao intemperismo. Na análise morfométrica foram selecionados e aplicados vinte e oito parâmetros para serem analisados com a finalidade de obter informações das características físicas e hidrográficas da bacia em estudo. Para o desenvolvimento do trabalho, os parâmetros foram adquiridos por meio de geoprocessamento e calculados com a utilização de fórmulas específicas. As análises dos dados mostraram que a bacia não é propensa a inundações, mas tem alta capacidade de escoamento superficial de água, devido o relevo da área ser predominantemente movimentado, com amplitude altimétrica de 331 metros e com boa dissecação. Essa característica da bacia propicia o escoamento superficial da água, sendo prejudicial na infiltração e recarga hídrica do lençol freático. A avaliação pluviométrica média e no período da pesquisa, trouxe informações da pluviosidade intrínseca do clima local, e as variações que ocorrem durante os anos, podendo compreender a quantidade de entrada de água na bacia, correlacionando com os dados de vazão do ribeirão. O trabalho de medições de vazão foi dividido em nove campanhas de campo para medições de vazão ao longo de dois anos. As referidas medições ocorreram inicialmente de três em três meses, sendo a primeira em Julho/2015, a segunda em Outubro/2015, a terceira em Janeiro/2016, a quarta em Abril/2016, e, posteriormente, feita mensalmente até Setembro/2016. Pode-se constatar no período de monitoramento, que o mês de menor vazão foi Setembro/2016 e o de maior vazão foi o de Janeiro/2016. Na análise do sistema de captação e abastecimento, foram feitas análises nos arquivos disponibilizados pela gerência da SANEAGO de Iporá e análise no processo e parecer de outorga expedida pela SECIMA. As análises mostram que o sistema de captação ainda está satisfatório, mas nos dois últimos meses do período de estiagem, ou seja, setembro e outubro, apresentam irregularidades perante as exigências da outorga. Os resultados mostram que serão necessários investimentos no do sistema de captação para manter a vazão do ribeirão Santo Antônio normalizada a jusante do ponto de captação.

 

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